quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Águas

Um canto de pássaro ecoa ao som das ondas,
Um som ecoa harmônico com um som maior,
E um vento eterno me empurra para frente,
Pássaros me acompanham.
Um velho vento me empurra,
Eu, velho barco a velas,
Sem leme no mar da vida.
O sol brilha sobre mim e me ignora.
Sou apenas um velho veleiro e um velho velejador.
Já vivo à muitas eras e navego.
Tudo é água salgada e revolta.
Águas e ventos levando um velho barco,
Carregado de histórias auto narraveis.
Somente eu às ouço, só a mim importam, só tocam a mim.

Águas turvas e salgadas de vidas.
Águas incompreensíveis.
Quem poderá entende-las?
Eu não.
Sou um velho veleiro a contemplar um oceano de coisas desconhecidas,
E ininteligíveis.
Preciso de músicas do meu tempo.