sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Comportamento "Distorções da visão "

Comportamento "Distorções da visão"

O homem vê o mundo.

E desta visão nascem as suas estratégias de relação com esse mundo.
Baseado em experiências anteriores e nos seus instintos o homem interpreta o mundo a sua volta e reage a ele.  Mas a sua reação altera o mundo transformando-o num mundo diferente obrigando-o a reagir novamente num ciclo de ação e reação eternos.
É impossível não reagir.
A forma como o homem ve esta dinâmica o faz se orientar positiva ou negativamente com relação ao mundo, ou seja, o estado de espírito do homem depende do quanto a visão de mundo do homem é clara.
Estas são as raízes da felicidade ou do sofrimento.
Portanto,  o homem é o criador do seu destino ja que tem o poder de escolha sobre a sua visão de mundo.

Comportamento "O ponto de vista"

Comportamento "O ponto de vista"

A visão de mundo se expressa pela opinião.
A maneira como interpretarmos o mundo a nossa volta cria a opinião que é a soma das experiências adquiridas usadas como ferramenta de interpretação.
A opinião também expressa o mundo interior do indivíduo e se aproxima da realidade tanto quanto está o mundo interior do mesmo.
Esta visão de mundo ou ponto de vista é o esteio que fixa o homem no mundo e nada lhe é mais caro do que estas verdades.
Se as verdades aceitas e afirmadas pelo indivíduo são flexíveis, ou seja, se são passíveis de mudanças o indivíduo adquire experiências uteis mas, se para ele essas verdades são absolutas haverá sempre um conflito com a realidade exterior que o levará ao sofrimento.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Mercadinho

...Eu gosto tanto dessa gente!
Que levanta de madrugada,
E põem o pé na estrada,
Atrás do pão de cada dia,
E sob o sol inclemente,
De barriga vazia,
Sonha com melhores dias.
Eu amo tanto essa gente!
Que me cumprimenta na rua,
Me oferece café,
Muita Maria muito Zé,
Rindo escancarado da vida crua.
Eu sou essa gente,
Que não distingue das gentes,
Quem é amigo e quem é irmão,
Gente boa!
Pé no chão!
Sangue bom,
Gente fina!
Que paga conta e não desanima,
Porque tem Deus no coração.
Gente que encontro nas ruas,
Andando de madrugada,
Gente boa e apressada,
Carregando coisas suas,
Ajuda para passar o dia,
E a esperança constante,
De ter o descanso almejado,
Ver formados os filhos,
Ver-se de netos cercado,
E a vida sobre os trilhos.
Eu gosto tanto dessa gente!

Comportamento "Auto solidão"

Comportamento "A auto solidão"

Chamo de "auto solidão" a percepção de si como indivíduo independente do meio, ou seja, como ente isolado,  independente e livre para interagir com o meio.
O auto conhecimento começa, necessariamente, com essa percepção.
Perceber-se como "individuo" perante tudo e perceber a "solidão" inerente a essa percepção é o melhor caminho para se aproximar da realidade.  A auto consciência, ou seja, a percepção de si como ser existente e atuante diante do universo gera uma "visão de mundo" relativamente livre da ilusão.
Este estado de auto consciência liberta o homem levando-o a reconhecer a sua responsabilidade sobre si e gera a percepção do "outro" .
Ao assumir-se como indivíduo e perceber o outro como indivíduo o homem tem a possibilidade de ver o outro tomando a si como referência.
Esta é a raiz da compaixão.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Instinto x arte "A estrutura do homem " - 2

Instinto x arte.  " A estrutura do homem " - 2

Referências - cultura x não-cultura

O homem é um animal.

Mas é um animal singular.
Ao compara-lo com seus irmãos não culturais, ou seja, ao compara-lo com outras espécies animais vemos o quanto ele se distância da segurança dos braços da sua mãe.
Ao se aventurar por um mundo criado por ele mesmo o homem assume a responsabilidade pelo destino da sua espécie.
Ao interferir na natureza ele muda os rumos de um caminho natural e cria o seu próprio caminho sem saber onde vai terminar.
Vive o homem de conjecturas que cria para apaziguar o medo do incerto.

Comparando-se outras espécies notamos que ha uma felicidade natural, uma "normalidade" funcional que permite que espécies existam a milênios sem se alterar.
Ha uma relação rotineira e padronizada com o meio.
Não há grandes sobressaltos.  A vida corre igual.
Ha apenas o necessário,  o suficiente.  Tudo se basta. 
Não ha sofrimento psíquico.
Não há dores sociais.  Não ha distorções. comportamentais.
Ha, apenas, o fluxo.  Ha, apenas, a Constancia.

Instinto x arte "A estrutura do homem"- 1

Instinto x arte.  "A estrutura do homem" - 1

O homem é um animal simples.

Eu vejo o homem como uma folha de papel em branco.  Apesar de não ter nada impresso tem uma estrutura básica que lhe caracteriza.
Desta forma todo homem tem uma estrutura padrão que caracteriza a sua espécie.
Somos. essencialmente iguais.  Nossas necessidades básicas são as mesmas independente do meio.

A esta "folha em branco" agregam-se cores que são as influências do meio.
As características do meio são impressas no homem dando-lhe as formas geradas pela adaptação.
A natureza trabalha no homem buscando a sua harmonização com o meio.
Alias, a natureza sempre tende a harmonia,  ao equilíbrio.

Em contrapartida, ao criar a cultura, o homem imprime em si mesmo os efeitos da sua interferência na natureza.
Este é o princípio da nocividade da cultura.

Temos, portanto,  três elementos formadores do homem moderno a saber:
O homem padrão (folha em branco);
O homem influenciado pelo meio (adaptação) e,
O homem influenciado pela cultura (interferência do homem na natureza).

É importante o conhecimento desta estrutura humana para se entender o estado doentio do homem.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Patagônia

Quero passar as férias na patagônia.
Meus últimos trinta (???) anos de vida.
Encontrar me onde não existo.
Tornar mais deserto o deserto.
Olha-lo com olhos de insônia.
Mergulhar meu corpo cansado,
Nos gelados ventos que o cortam.
Sentir na pele ardente,
O beijo do sol inclemente.
Comer das ervas da terra,
E beber a água salobra.
Sentir as minhas fracas pernas,
Dobradas pedindo a terra.
E ao findar os meus dias,
De areia construir meu ninho.
E a luz da lua cheia,
Pensar o último poema,
Dormir e morrer sozinho.

Poeta - 1

Não ha poetas alegres.
Todo poeta é triste.
Toda poesia nasce da dor.
Poeta alegre não existe.

Ha sempre um valor em tudo.
Vale ate a poesia.
O amor sempre espera,
Na porta dos fundos a valia.
E o poeta desespera.
Poeta alegre não existe.
O amor é uma quimera.
Toda poesia é triste.

Instinto x arte. " Os dois mundos e as relações humanas - 2

Instinto x arte.  "Os dois mundos e as relações afetivas humanas " - 2

O homem vive num meio artificial criado via cultura ou seja, a partir da sua interferência na natureza.
Neste mundo cabe, apenas,  aquilo que é artificial e tudo está sujeito a dinâmica deste modelo.
O instintivo destoa e sofre  com os conflitos gerados pelo choque entre os dois mundos.

A meu ver,  um relacionamento harmonioso possível no mundo criado pelo homem deve ser, essencialmente,  artificial.
Quando digo artificial quero dizer que deve ser planejado,  calculado e implementado de forma consciente visando sempre o bem estar do outro.
É lógico que esta atitude pro ativa e consciente deve ser bilateral para que haja a possibilidade de sucesso na relação.
Onde o esforço é unilateral haverá sempre o conflito ja que ha o esforço artificial de um lado e a indolência instintiva do outro.
Neste modelo desarmonico, comum nos dias de hoje, é comum a desvalorização do esforço o que leva a apatia e ao desânimo gerando uma relação que se arrasta infértil ou caminha para a separação e suas consequentes dores.
Este conflito é,  também, a causa da traição e da mentira.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Instinto x arte. "Os dois mundos e as relações humanas" - 1

        Instinto x arte
Os dois mundos e às relações afetivas humanas. - 1

Nas relações humanas afetivas o conflito entre mundo instintivo e mundo artificial leva ao progressivo "esfriamento" da relação e a desvalorização do outro.

No início de uma nova relação ha a implementação de um modelo artificial visando a atração do outro.
Este fato se da por dois motores a saber:
A esperança da satisfação das próprias carências a partir do outro ( o marido ideal, o melhor amigo, etc. );
O mistério do outro ou seja, aquilo que ainda não é conhecido do outro alimentado pelo desejo de "novidades" característico do mundo artificial.
Este desejo insaciável pela novidade nasce da "eterna busca" característica da, também eterna, insatisfação das necessidades próprias do homem gerada pela cultura.

Mas, após estabelecidas as relações e definidos os papéis e valores de cada um deixa-se de lado os "cuidados artificiais" e abandona-se a relação aos ventos instintivos. 

A natureza cuida de indivíduos visando os grupos. Desta forma, ao assumir as rédeas da relação passa a cuidar separadamente  de cada um dos parceiros que, ao se abandonarem aos cuidados da natureza passam a ter consciência. das próprias necessidades. Assim sendo eles se "individualizam" dentro da relação criando o "potencial abandono do outro", elemento que será o gerador das responsabilidades impostas ao outro pela dor do parceiro.

Os relacionamentos, desta forma,  tendem a esterilidade ou ao fim.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Instinto x arte "A teoria de dois mundos" - 2

Instinto x arte "A teoria de dois mundos" - 2

O homem interfere na natureza e perdeu a capacidade de perceber essa interferência.  Este "desligamento" traz a ilusão de apenas um mundo onde a natureza é apenas um elemento.  O homem ja não se percebe como parte dela, pelo contrário,  hoje o homem exerce a ilusão do papel de desbravador,  aquele que subjuga,  que domina, que usufrui e que destrói.
Desta forma,  iludido, o homem avança no caos do abandono interior e social.

Ha no homem, interiormente e em função do seu distanciamento da natureza, uma imperceptível porem premente insegurança.  Um mau estar constante que ele nem percebe como mau estar mas que o move.
Um espinho na carne que o impele a uma infinita procura cujo objeto é ambíguo.  Algo pouco definido que ele chama de felicidade ou paz ou um sem número de sinônimos.

Socialmente somam-se as angústias de todos os membros de um grupo amplificando-as gerando o ambiente propício à doença social que agrava as angústias do indivíduo gerando um ciclo vicioso cuja face se volta para o colapso.

Instinto x arte "A teoria dos dois mundos" - 1

Instinto x arte "A teoria dos dois mundos" - 1

Artificial = feito por arte ou indústria.

Instintivo = natural, que deriva da natureza, automático, imediato.

Para entendermos a relação do homem com o meio em que vive devemos criar o conceito de "dois mundos".

A imagem de "dois mundos" deve ficar impressa de forma perene na mente pois servirá de base para o entendimento.

O primeiro mundo e infinitamente mais forte e importante é o mundo natural ou instintivo.
Este mundo é construído pela natureza e está sob seu absoluto controle.

A natureza é imesuravelmente grande e o homem, criatura da natureza,  absolutamente pequeno diante dela.
Não há, em hipótese alguma,  a possibilidade do homem destruir a natureza no entanto,  é perfeitamente possível à natureza a destruição do homem.

A natureza produz o instintivo, ou seja, aquilo que é aparentemente automático,  que não precisa de influência ou interferência para funcionar.
O instinto é o motor do instintivo.  Recebe um nome para cada atitude, cada movimento.

Ja o outro mundo é artificial e pequeno.
É construído pela interferência do homem na natureza.
Um mundo imperfeito baseado nas necessidades humanas em detrimento da natureza.
Uma influência egoísta e malévola sobre o meio onde as outras espécies não são consideradas.

Neste mundo o que vigora é a consciência racional.
A razão a serviço da vontade do homem.
A adaptabilidade como ferramenta de submissão da natureza.

Neste mundo não cabe o instintivo assim como no outro não cabe o artificial.
"Dois mundos" que não se misturam ou, não deveriam se misturar.

Mas é exatamente do choque destes "dois mundos" que nasce a epopéia humana.
E é este choque a causa das angústias do homem.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Doença social

A cultura é a desencadeantea da doença social.
Posto que a cultura desvirtua o homem com relação a natureza e, entendendo-se que o homem é um produto da natureza esta ação contrária a sua origem aparta-o da possibilidade da saúde psíquica. 
A soma dessa "desvirtude" é a doença social.
A cultura é um longo e doloroso processo de suicídio coletivo.

Outono

22 de janeiro de 2015,
O outono beijou o meu rosto pela primeira vez.
Me trouxe de presente um amor novo e as lembranças dos que se foram.
Outono bucólico,
De andar solitário,
Das horas de lembrar,
Outono de celebrar Saudades, de esperar o bem sonhado.
Outono de preparar o ninho, de botar os casacos no sol,  de lembrar de sopas.
Outono de dormir quentinho,  agarradinho, abracadinho com um só amor.
Outono de café quente,  muita conversa,  contemplação.
Também é o outono da minha vida.
Acho que vou tirar férias. ..por uns trinta anos.

Ilegível.

Irmãos eu vos exorto,
Não leiam,
Aquilo que por mim é escrito!
Não cumpram o doloroso rito,
De tentar entender o que é torto.
Afastem das geladas letras,
Os olhos ainda inocentes,
Por mais que sejam prementes,
O desejo de olha-las.
Não se deixem levar pelo canto,
Da endiabrada sereia,
Que com encanto semeia,
O que o demonio faz santo.
Aquilo que eu penso corrompe,
Quem avesso é ao movimento,
Aquele que teme o tormento,
Da tempestade. que irrompe.
Mas para aqueles que leram,
Para o lamento não ha cura,
Pois é plantada a semente,
Da insidiosa loucura,
Que o impelirà para frente,
Na interminável procura,
Pelo que muitos sofreram.
Que aquele que ama a inércia,
Esconda os olhos destas letras,
Não ouse, não te intrometas,
Ouve a sabia advertência,
Fica quieto,  não se mova,
Saia ja do meu caminho,
Tranca-te na tua alcova
Eu sou aquele que traz a espada,
Que pensa e fala,
Sozinho.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Cultura - 3

A arte é a expressão das angústias do homem frente a nocividade da cultura.
Simboliza o constante distanciamento entre homem e natureza.
É o momento em que o homem percebe o seu próprio abandono diante da sua auto construção artificial.

Cultura - 2

Cultura é a interferência do homem na natureza.

Cruzadas.

* Começa com "s" termina com "a"...
# Sara!
* não, não é Sara.
# Para!
* Também não é para.
# Para com isso e me da um beijo!
* Queijo!
# Eu disse beijo!!!
* Eu me lembrei de queijo, tenho uma amiga que adora queijo!
# Amiga???!!! Se amiga sua é,
De mim é inimiga! !!
* Começa com "c", termina com "e", cinco letras,  "ciúme".
# Não é.
* É.
# Quem é essa "amiga"???
* Psiu!!! Fica quieta! ! Vai acordar o Poeta! !!

A mais extensa palavra.

De todas é ela a mais longa das palavras.
Amor não é pois mais abundante não há.
Ficar é imediato,
Partir é rapido,
Sofrer é passageiro,
Rir é eventual,
Sorrir é corriqueiro,
Falar é imperceptível,
Calar é virtuoso,
Andar é previsível,
Parar é necessário. ..
Todas nos seus efeitos são curtas mas,
Ha uma que,
Se dita se torna um calvário,
De dor indescritível!
Doce palavra,
Horrível!
Criada pelo tinhoso.
No coração qual espinho se crava.
Maldita a palavra ADEUS!
Esta sim é longa posto que,
Ecoa por toda vida....

Fim

...Talvez. ..
Se a lágrima derramada fosse,
E de novo se encontrassem os olhos. ..
Talvez. ..
Se as mãos se movessem,
Num último e sutil espasmo. ..
E se os lábios deixassem entrever,
Aquela palavra. ..
Talvez. ..Talvez. ..
Se o sol,
Apenas naquele dia,
Não nascesse. ..
E o tempo parasse. ..
E tudo aquilo que fui voltasse. ..
Talvez se você me visse,
Naquele último momento,
Como me viu a primeira vez. ..
Talvez a lembrança momentânea daquela roupa,
Daquele lugar,
Daquele velho sofá. ..
Talvez. ...
Se tudo isso não houvesse,
.......Ele também não haveria.

Fim.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Infelicidade

A infelicidade nasce da angústia.

Cultura - As raízes da angústia.

A angústia nasce da necessidade.

No "homem instintivo" a percepção da necessidade gera a angústia e, esta o impele a ação.
Este é um processo simples para aquele que está próximo a natureza porém, para o homem "artificial" ou seja, para aquele interferiu na natureza, a angústia não pode ter fim ja que,  a cada necessidade satisfeita cria-se uma nova necessidade que gera angústia.

Este círculos vicioso leva o homem a uma profunda porém quase imperceptível infelicidade.

Incapaz de perceber às raízes da sua angústia o homem busca alívio no prazer da satisfação e cria mais necessidades.

A infelicidade é,  ao meu ver,  o produto deste processo e a sua raiz é a criação da cultura.

(Necessidade→angústia→interferência→satisfação→nova necessidade) = infelicidade.

Quanto mais elaborada a interferência maior o distanciamento do homem com relação a natureza.

Quanto mais distante da natureza maior a insatisfação ou felicidade.

Quanto maior a infelicidade maior a busca desenfreada pela satisfação.

Cultura - 1

O trabalho é, ao mesmo tempo, a expressão e a tentativa de alívio para a angústia do homem.

A cultura.

Podemos definir "cultura" como a interferência do homem na natureza. 

Cito o homem porque apenas o homem interfere na natureza de forma contundente, desvirtuando-a.
Considero o homem como um projeto falho da natureza porém, com a capacidade elementar de saber-se fadado ao fracasso senão pela força do trabalho.

A falha da natureza no processo de construção do homem se da na sua própria incapacidade de supri-lo totalmente.
Desta forma, o homem esta condenado a desaparecer se não "interferir".

Para suprir as suas necessidades o homem interfere na natureza e, ao faze-lo, satisfaz uma necessidade e cria outra gerando um ciclo interminável de trabalho.

A cultura é,  portanto,  o elemento gerador do trabalho.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Bom dia. ..(16/01/2015)

Ha um "BOM DIA" sonhado,
Tanto por mim desejado,
O som dos pássaros
E o sol pelas frestas,
E você ao meu lado.
Fico quieto te olhando,
Meu bebê adorado,
Ronronando ainda sonha.
Ha um "bom dia!" no aroma
do seu corpo molhado,
Com o seu e o meu suor,
Que, unidos, são o néctar gerado,
No ato consagrado,
Do físico amor.
O sol espera os seus movimentos primeiros,
Para  mover a roda do dia.
Ha um "bom dia! " na doce preguiça dos seus movimentos,
E o encanto do primeiro sorriso ,
que traz a alegria e a esperança...
Meus lábios passeiam pela sua pele nua.
Ja ha movimento na rua
e o cheiro de café nos chama.
Reluto e te prendo na cama,
Com um abraço terno,
Te peço como se pede a uma criança. ..Só mais um pouquinho!
Você se enrosca em mim e adormece,
O dia la fora nos esquece,
E tudo começa de novo,
Sem pressa,
Sem prazo,
Sem metas,
Que cheiro bom de palha de milho!!!
Bom dia bebê.

sábado, 17 de janeiro de 2015

A neurose da rima

...Preciso tirar da cabeça essa rima!
Rimar rima e acima,
Não é coisa que se mereça.
Rimar amor com dor nem pensar!
Que horror, aliás,
Não se rima horror com amor,
Ou amor com flor.
Mas a rima na cabeça martela,
Rima feia,
Rima bela,
Ai meus deuses socorro!
De rimar tão feio eu morro!
Alguém faça parar,
Esse ímpeto em rimar!
Eu preciso tirar da cabeça,
Antes que o dia anoiteça,
Pra não parecer um pateta,
E me afeiçoar a um poeta,
Esta maldita rima,
Que ecoa como como um sino.
Ei!! Isso não rima!...menino.
Aaaaaaasiiii!

Avesso

...Ha sempre o avesso,
Que me amedronta.
Ha sempre o medo do oposto,
A rastejar no escuro,
Ao  ranger das portas,
Tocando o meu rosto,
Dedos de osso duro,
O frio medo da afronta.
Ha sempre o medo ,
De não dar certo.
Ha sempre o mesmo medo
E a mesma esperança,
Nos dois pratos da balança. A qual sigo se é incerto,
O futuro dos meus planos?
De sonhos são os planos,
E sonhados os seus frutos.
Eu sonho com o avesso do avesso,
E espero que a sorte advenha,
Que o medo,
Medo de mim tenha,
E que me seja dado o que mereço,
Pois ha sempre o medo do avesso,
E a esperança do avesso do avesso. ........