sábado, 1 de agosto de 2015

O Apocalipse segundo São Silas

Todo homem tem em si um inconfessável desejo pela catástrofe.
Todo homem deseja uma tempestade que o impeça de ir ao trabalho ou um grande acontecimento que lhe traga novidades pré digeridas ou mais cinco minutos de sono, ou melhor; todo homem que não seja uma criança feliz ou um louco.
O homem é um descontente dissimulado que "finge que está tudo bem".
O homem é o único animal que procura a felicidade.  Para às outras espécies já há.
O Apocalipse é um livro mau interpretado.  Ao invés de fatalista e catastrófico o Apocalipse da ao homem a solução final, o fim das dores, o sono eterno ou a bem aventurança eterna, que são a mesma coisa.
É interessante notar que todo movimento da sociedade se baseia neste descontentamento.  Há sempre alívio sendo oferecido pelo melhor preço do mercado e ha sempre uma procura maior.
Ha sempre movimento. O homem sofre ao parar porque parado ele tende a se confrontar com a sua própria pequenez alias, criada por ele.
Se cansado pelo movimento o homem procura a cessação aliada a tão sonhada paz eterna e então, almeja o fim nas suas mais variadas formas.
Assim falaria Zaratustra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.