terça-feira, 18 de agosto de 2015

"Eu", o homem puro.

Como seria o homem livre da cultura?  Como seria poder rosnar para alguém que faz menção em roubar a minha comida?  Como é amar instintivamente como um lobo?
Eu repito aquilo que tanto ja se disse;  o homem é impedido de exercer os seus instintos.  O homem é forçado violentamente a não ser um primata hominídeo.  Todo homem adquire essa dor como bônus junto com o conforto que consegue a custa do enclausuramento do seu verdadeiro "eu".
Abram-se às comportas do desespero!  O homem não tem cura (para a felicidade financeira dos pisico-profissionais).
A sociedade humana paga o conforto da cultura com o desconforto social.
A urbe perde o sono tentando manter os seus níveis e respectivos estatutos.
Os níveis perdem o sono tentando galgar degraus sociais e vivem a eterna vigília dos que criam blindagens contra os níveis que consideram "inferiores"
Ser expulso do paraíso é o esporte predileto do homem.
Viver do próprio suor é um prazer orgásmico sadomasoquista.  E o homem se deleita com às segundas feiras.
Para o verdadeiro homem resta o consolo dos esportes, do sexo e dos crimes.
O homem se esconde na mentira de si mesmo.
Cria emoções falsas atrás das quais esconde as verdadeiras.
Para fugir da sua medonha pureza o homem mente.
A cultura é a maquiagem do macaco.
Um brinde aos instintos que moram nos banheiros.

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