quarta-feira, 12 de agosto de 2015

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A nobre arte de querer saber!
Somos mestres,
A praticamos,
Mesmo a custa do sofrer.
Desobedecemos o tempo e,
Voltamos.
Adoecemos por não ver as marcas,
Que deixamos.
Nos referenciamos pelos efeitos,
Procuramos os defeitos,
Que a insistente dor nos
Levaram.
Não queremos a cura.
A doença nos agrada.
Não aceitamos, da paz,
A brandura.
Queremos mais!
E, se o objeto da nossa ânsia faz menção em ir,
O agarramos,  dissimulamos,
Não deixamos fugir.
Discursamos um discurso longo, desusado.
Nos esmeramos no palavreado,
Poetisamos.
Não deixamos a história morrer mesmo,
Sabendo que já é morta.
Mesmo diante da impossibilidade da volta.
Ficamos.
Mesmo náufragos num mar sem ilhas,
Nadamos.
Precisamos ver as nossas pegadas na areia,
Antes que a maré cheia
Nos leve.
Tudo o que o homem constroi é... breve.

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Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.