segunda-feira, 27 de julho de 2015

Reciclagem

Preciso de palavras novas,
Novos termos, novas rimas.
Preciso de uma nova métrica, cadências novas.
Preciso de palavras virgens
Para deflora-las com sensações recém nascidas.
Quero letras embebidas
Em licores conceituais.
Preciso invocar Salvador Dali e Pablo Picasso,
"Demônios de novas coisas".
Quero mais um vocabulário,
Preciso de duas canetas,
Uma para cada mão.
Uma folha de papel infinita.
Uma noite mais curta e um
Dia longo e ocioso,
Tudo eterno.
Preciso de belas paisagens
E paixões dolorosas (todo poeta é triste).
Preciso de solidão e musica,
E novos sonhos impossíveis.
Preciso envelhecer e
Nunca ser erudito.

Preciso de novas rosas,
Anseio por novos jardins,
Brisas que vem de confins,
Tudo em versos e prosas.

A todos aqueles que, como eu, sofrem de "brancos" eventuais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.