sexta-feira, 24 de julho de 2015

A laje

Sinceramente, não sei a quantas anda o dólar hoje, nem sei nada sobre o barril de petróleo, alias, não creio que isso me afete.  Neste momento uma grande montadora está lançando um novo e caríssimo modelo de automóvel que eu não compraria nem por decreto.  Porém,  enquanto isso, no andar de baixo da minha casa ouço o meu neto gritando "bobo"! Meu velho cachorro esta empoleirado no meu colo e o meu vizinho faz uma piada com a marca da minha cerveja que, por sinal, não é, nem de longe, a mais cara.
É sexta feira e estou no ponto mais alto da minha humilde moradia de onde vejo praticamente toda a minha cidade (Bragança Paulista,  S. P.). A noite está nublada e as luzes da cidade contra as nuvens forma um cenário de filme de ficção científica.  Me sinto em 1980 quando o ano corrente era 1970. Tenho 50 anos e estou contemplando a minha obra.  Tudo o que é construído na dificuldade tem mais amor e mais valor. Não construí notoriedade.  Nunca fui famoso e hoje percebo o bem que isso me faz. Tudo o que é simples me apaixona. Um beijo de um filho vale tanto quanto um dia no melhor hotel do mundo. O som (para não dizer o barulho) dos que eu amo dentro de casa soa muito mais melodioso do que a mais fina sinfonia.  Meu "arroz, , feijão, bife e salada" é mais agradável ao paladar do que um "manjar dos deuses".  Tudo é simples, facil e fincional.  A vida é simples e, ( atenção leitores! ) "tem que ser simples". A vida simples e despojada de vaidades é o substrato da felicidade.  Feliz aquele que tem apenas o necessário e ama o que tem. Feliz é o homem verdadeiramente amado por uma mulher.  Feliz é aquele que vive cercado dos que ama mas, feliz mesmo é aquele que tem consciência disso e mantém tudo isso com amor.

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