sábado, 25 de julho de 2015

Prólogo

As luzes da cidade estilhaçam a noite.
Um avião passa por uma nuvem e deixa um rastro de estrelas,
Das quais sou poeira.
Um amor se inicia em algum lugar.
Um carro passa debaixo da minha janela.
Um amor se vai devagar,
E nem percebem os amantes.
Um vento frio acaricia todos os corpos,
Animados ou não.
Antigos amores me visitam em lembranças.
Antigos remorsos confabulam a minha volta.
Debatem sobre o melhor caminho para o inferno.
Uma sirene toca ao longe,
Festeja algum ilícito.
Estou cinco minutos mais velho.
Melhor parar de escrever.
A palavra é o veneno que eterniza o que vivi.

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