sábado, 11 de julho de 2015

O homem nu.

Acredito que a felicidade seja feita de momentos que se alternam com momentos infelizes e também acredito que os períodos felizes são tão maiores quanto menores forem as responsabilidades.
Acredito que o homem deve ter responsabilidades minimas. Se possível, apenas aquelas que lhe garanta o mínimo de conforto que lhe permita viver em estado de contemplação da natureza.  A isso chamo "vida".
Por ser animal gregário deve, o homem,  ter amigos, família enfim, deve se relacionar com outros.
Porém,  o que me vem a mente agora é a questão do "ser" (o verbo). "Ser" é algo que está relacionado com o desligamento das coisas em benefício do "construir-se", do "contemplar-se". É preciso que o homem se valorize acima de todas as coisas. É preciso que o homem se ame e, desta forma compreenda o amor de forma visceral para que possa, a partir daí,  amar às coisas. O homem deve ser pleno de amor por si a ponto de se proteger das próprias ilusões.  Deve criar a liberdade necessária para "exercer-se".  O homem deve dar vazão a sua arte e deve ser o seu maior apreciador.  Ao desvalorizar as coisas em benefício da sua valorização o homem retorna a natureza sem abandonar o conforto que criou. Ao perceber-se como filho da natureza e ao perceber que nisso está a felicidade o homem mata Descartes e volta a ser humano.

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