É preciso um deus
Para esconder do homem
Os seus limites.
Angústias que o consomem.
É preciso o homem estar quites
Com o homem.
Carece que seja um deus de verdade
Mesmo que fabricada à verdade.
É preciso credulidade.
A fé é a espectativa confiante
Em algo em que não se crê.
É preciso um deus errante
Mas em todo lugar presente.
Um deus feito gente.
É preciso que haja eleitos
Para carregar o fardo.
É preciso que a outros deuses sejam afeitos,
E que saibam tirar vantagens.
Criaremos um deus que nos alivie a inferioridade,
Ou melhor,
Que a transfira para aqueles que optam por não crer.
Não se admite a liberdade
Pois ser livre é poder.
O poder é premissa da divindade.
Ai de ti que olha para o céu e só vê estrelas.
Ai de ti que ousa ve-las
Sem deduzir um criador.
Estas fadado ao inferno e seu calor.
Inferno por seu algoz criado
E por seus algozes acreditado.
Mas descerá ao inferno aquele que no inferno não crê porque não cre em quem o criou?
Ou vai a geena aquele a quem os instintos negou?
Pobre homem que não tem utilização para às pernas.
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Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.