quinta-feira, 16 de julho de 2015

O surreal como remédio para a realidade.

Não creio muito nos limites entre real e irreal.  Acho que, na verdade não ha real ou o seu antônimo.
O que vivemos é um estado onírico ou surreal que não percebemos por estarmos inseridos nele como o peixe está inserido na água do aquário e, em função disso, não o percebe e digo mais, creio que cada um cria a sua "surrealidade".
O mundo é interpretado de forma absolutamente pessoal.  Usamos como ferramenta a nossa bagagem experimental.  Desta forma eu "leio" o meu mundo como se usasse uma linguagem exclusiva.
Ser "normal" ou ser "sociável" dependeria da capacidade em se comunicar interpretando o "dialeto" do outro.
Partindo desta visão me pergunto se somos justos em julgar o mundo já que, o mesmo mundo é visto e influencia o outro de forma diferenciada.  A minha visão de mundo não corresponde em absoluto com a visão de mundo dos outros.  A vida social nada mais é que o compartilhamento pacífico de mundos diferentes dentro de um mesmo mundo.
Imagine,  por exemplo, a situação política.
Ha um constante debate sobre o lícito e o ilícito mas, permeando a discussão ha sempre a opinião que expressa visões particulares.  Durante essa acalorada discussão que não leva a nada a realidade acontece e vai sendo percebida sempre quando já é passado.
Está visão surreal é, talvez a explicação para os efeitos dos acontecimentos sobre nós.  Sofremos esses efeitos sempre em tempo real enquanto discutimos a dinâmica dos acontecimentos partindo do que já aconteceu.
A briga no meu ambiente de trabalho "hoje" foi sobre a derrota sofrida por um certo time de futebol..."ontem".

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