sábado, 13 de junho de 2015

Poeta

Todo poeta é sereno,
Da vida conhece o chão.
Todo poeta que existe,
É palavra e solidão.

Nenhum poeta ama,
Sabe que o amor não existe,
Todo poeta clama,
Todo poeta é triste.

Todo poeta é signo,
Nem só de palavra é feito,
Todo poeta é menino,
Nascido não do útero,
Do peito.

Todo poeta é alheio.
Valente, amigo da dor.
Sabe a que a vida veio.
Vai onde ela for.

Todo poeta é vagabundo,
Nenhum é deste mundo...
Nenhum.

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