quarta-feira, 17 de junho de 2015

Inerte

As vezes não me inspiro.
Fico em branco.
Sem palavras.
Silêncio franco.
As vezes sinto o giro,
Gira mundo aos meus pés.
Sem palavras,
Ando pelo convés,
Ando pelo navio,
Me guio por uma bússola louca,
E a voz rouca do vento nas
Velas me diz...
Palavras de vento,
E voa, voa,
P'ra bem longe dos meus ouvidos,
Que, aturdidos procuram
Palavras num mar branco,
Sem palavras.
As vezes não me inspiro,
Apenas sinto o giro,
Dos meus pés ao redor do
Mundo dentro de mim,
Sem palavras.
Branco, giro em silêncio.

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