Eu e o mundo somos.
Eu puro, o mundo amálgama.
Nos misturamos,
Luta por dominância,
Desigual estratagema.
Somos senhor e escravo,
Sempre ao mesmo tempo,
Ambos equilibrados
Na egoísta vontade,
De vindouro agravo.
Sou antipático ao mundo,
E ele de mim não gosta,
Muda-me como resposta,
Quer-me seu oriundo.
-Não serei seu, mundo ingrato!-
Não serás dono de mim.
Te dominarei um dia, de fato,
Domando-me por fim.
Quanto eu sou eu e,
Quanto sou mundo?
terça-feira, 9 de junho de 2015
Eu/Outro
10 comentários:
Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.
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Será que um dia conseguiremos dominar o que chamam de destino ?sera que um dia teremos esse controle de senhor ou continuaremos escravos mesmos com a pretensão de acharmos que somos agentes da proporia estória ?
ResponderExcluirQtas vezes nossos desejos nos escorregam pelas mãos escancarando nossa impotência ?
Eu creio que grande parte da angústia do homem se da em função da ilusão do destino. Não ha destino. Ha, apenas, o homem e o mundo. Ambos moldáveis e moldantes. A alegria consiste em perceber essa possibilidade de moldar e ser moldado e a liberdade de escolher. A dor advém da percepção da responsabilidade que isso gera. Ao assumir a culpa pela própria dor o homem percebe os seus limites e sofre. O medo da dor nos cega para a verdade.
ResponderExcluirNem sempre a dor é a falta de percepção da verdade .... Muitas vezes é justamente o contrário disso ! A cruel percepção da verdade gera a dor!
ResponderExcluirE a possibilidade de escolha nem sempre nos é dado ! Somos moldados por uma estória .....
Ha sempre a possibilidade de escolha. Não se pode fugir a responsabilidade do ato a não ser por absoluta incapacidade, o que não ocorre na maioria das vezes. Escolhemos sempre, seja por propósito ou por omissão.
ResponderExcluirVc não acredita no inconsciente?
ResponderExcluirAs vezes eu me encontro em situações irritantes que me "dão vontade" de reagir com violência (inconsciente) mas me controlo. Se posso racionalizar posso decidir. Só pessoas incapazes de usar a razão agem sem a possibilidade de decisão. É claro que todo o meu pensamento é voltado para os que podem usar a razão.
ResponderExcluirInconsciente nao quer dizer agressão ou inconsequência .... O inconsciente não ê racional ....
ResponderExcluirSe fosse desta forma todos agiriam de forma inconsciente. O inconsciente é subordinado a razão. Temos impulsos mas os percebemos e temos a possibilidade de decidirmos. A teoria dos dois mundos.
ResponderExcluirSugiro Freud para o filósofo! Se me permite
ResponderExcluirAcho que estou me libertando de Freud. Se o inconsciente foase dominante teríamos relações homem/mundo preponderantemente instintivas. Mas o mundo é construído pela razão. O inconsciente é substrato da doença ou, na maior parte das vezes, argumento para afirmação do erro.
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