terça-feira, 16 de junho de 2015

Concepção

O que eu sei,
E o que nunca saberei.
A fronteira.
Abismo, beira.
A vontade do vôo,
De asas simbólicas,
Vertigem.
Grilhões do que não sei,
Asas do que  sei,
A vida vista,
Grade de gaiola,
Pássaro de uma asa
Sonhando com outra.
O que eu sei me serve?
Assim um pasto me bastaria.
Um pastor me tangeria.
Bípede quadrúpede.
Pão e agua.
Sono e vigília.
Eu, uma ilha,
Mas ninguém me disse.
Aprendo sozinho.
A beira do abismo canto.
Eu passarinho.
Alguma coisa eu não concebo.
Eu não.

Um comentário:

Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.