sexta-feira, 12 de junho de 2015

Exorcismo

Destino, destino!
Porque não me reponde?
Onde o destino se esconde?
Destino o que de ti é feito?
Responda-me atroz espírito!
Da-me um sinal a teu respeito.
Diga-me, ó terrivel fantasma,
O que de mim é feito?
Porque tudo me abisma,
Se tu já estiveste traçado?
E fosse tudo previsível,
Porque recorro ao passado,
E temo, eu, o futuro?
Porque sois tão obscuro,
E não vives em mim o presente? 
Porque, pasmo percorro a vida?
Persigo eu a sorte
Temeroso dos dias
Antevendo a morte,
Pois não te encontro, destino.
Destino, terrível assombração,
Desde menino persigo-te
Em terrível solidão.
Tu és mentira destino,
Tu estás morto,
Amarga ilusão.

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