sexta-feira, 20 de março de 2015

Pequeno ensaio sobre a dor.

Não discorrerei sobre a dor fisica mas sim, sobre a dor emocional.

(1) - O homem sofre.
(2) - A dor é causada pela ativação da insegurança.
(3) - A insegurança é o desequilíbrio da certeza ou o incomodo da incerteza.
(4) - O homem foge da dor.
(5) - A vida humana é a história da fuga da dor.
(6) - O oposto da dor é o prazer.
(7) - A vida humana também é a história da busca por prazer.
(8) - O que move o homem, portanto, é a dor.
(9) - A segurança no homem se da na forma de equilíbrio.
(10) - O equilíbrio gera a paz de espírito.
(11) - O equilíbrio é a aceitação positiva e prazerosa de que o que cremos é verdade.
(12) - Portanto, aquilo que cremos ser verdade nos traz equilíbrio. (Crer e a expectativa confiante, a fé. A certeza absoluta não existe pois ha sempre a possibilidade. )
(13) - A dor advém quando as nossas verdades são postas a prova. ("Creio que sou um bom profissional e alguém me diz o contrario, portanto, algo desafia a minha crença e eu passo a duvidar e a dúvida me incomoda.  Incomodo é dor. ")
(14) - A dor também advém do acordar de memórias desagradáveis.
(15) - A dor varia de grau.
(16) - A dor pode ser induzida pelo meio ou pelo outro.
(17) - A dor é induzida pelo meio pois o meio é maior que o homem ja que, ele ao meio pertence.
(18) - O homem sofre a dor induzida pelo meio e reage a dor adaptando-se ao meio ou sendo destruído por ele.
(19) - Ao homem não cabe a escolha da não dor quando induzida pelo meio. (É impossível não sofrer as dores induzidas pelo meio. )
(20) - O destino do homem é sofrer as dores induzidas pelo meio e a elas se adaptar na busca pelo prazer.
(21) - Esta é a dinâmica da evolução.  Adaptar-se movido pela dor.
(22) - O homem obtém sucesso admitindo a inevitabilidade das dores induzidas pelo meio, estudando os seus processos e se adaptando.
(23) - A dor induzida pelo outro difere da dor induzida pelo meio.
(24) - A dor induzida pelo outro pode ser acidental ou proposital.
(25) - A dor induzida pelo outro pode ser evitada.
(26) - Há responsabilidade na dor induzida pelo outro.
(27) - Aquele que recebe a dor é vítima.
(28) - Ao agente causador da dor cabe a culpa.
(29) - A culpa, quando vivenciada, é dor.
(30) - A culpa é a consciência do ato e o auto julgamento baseado nos conceitos de certo e errado.
(31) - O homem tende ao racionalismo para fugir da culpa.
(32) - Se não encontra uma solução racional ou aceita a culpa ou cria um argumento racional fictício que lhe alivie a dor.
(33) - Quem recebe a dor perde a tendência a confiança no outro.
(34) - A desconfiança dispara processos de auto proteção.
(35) - A não confiança é dor.
(36) - A crescente não confiança afasta. (Há a tendência da fuga da dor e, consequentemente, há a tendência da fuga do agente causador da dor. )
(37) - Nos relacionamentos a dor é o elemento determinante.
(38) - O equilíbrio no relacionamento se da em função dos níveis de dor e da resistência à ela.
(39) - A manutenção do relacionamento é a manutenção da não dor.
(40) - O insucesso do relacionamento se da em função da ruptura da resistência à dor e ao advento da absoluta não confiança.

*Este texto é um pequeno ensaio e , como tal, passivel de alterações.

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