domingo, 8 de março de 2015

Mulher

A outra metade de mim,
Aquela por quem eu vivo,
Aquela que me fez viver,
Aquela por quem eu sigo,
E que me levou pelas mãos,
Até eu aprender a andar,
Sozinho e com as próprias pernas,
Quem me ensinou a amar,
Mas nunca soltei de todo as mãos,
Sempre as segurei em mãos outras,
E em outros olhos encontrei a luz,
De variadas cores,
E variados amores,
Mas sempre fui metade sem ela,
E sem ela ando sozinho,
Metade de um homem num meio caminho.
Dona de todas as cicatrizes,
Que hora trago no peito,
Tentando o amor perfeito,
Tentando metades felizes,
E por mais machucado que esteja,
Sempre ei de procura-la,
Sonhando um dia encontra-la,
Mesmo que por um lapso que seja,
Pois o meu coração almeja,
Toca-la antes da morte,
E que os Deuses dêem-me a sorte,
De encontra-la e  não perde-la.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.