quinta-feira, 5 de março de 2015

Classes sociais no Brasil contemporâneo

                                                                  Material para debate.


Do meu ponto de vista hà três classes sociais no Brasil:
A classe abastada, rica, que detêm praticamente toda a riqueza, dona do conforto e do poder,
A classe media, que flutua entre a classe pobre e a classe rica e que serve de referencia e chamariz para a primeira e de escudo para a segunda e,
A classe pobre e trabalhadora que tem como papel, para não dizer sina, gerar a riqueza e ser a massa moldável para os desígnios do poder.
Das três, a que esta fadada ao sofrimento e a luta permanente pela permanência é a classe media.
Explico.
A classe pobre é tão antiga que as suas estruturas ja estão consolidadas. Às suas operações ja estão padronizadas e quase não mudam ao longo do tempo. Os seus elementos culturais, ou seja, os elementos culturais que a caracterizam estão arraigados e concretizados de tal maneira que so podem mudar a longo prazo a não ser por algum acontecimento de grandes proporções que gere uma comoção absurdamente grande (uma guerra, um cataclismo de grandeza maior, etc.)
A longo prazo a estrutura da classe pobre muda sob o comendo dos controles do poder e da capacidade deste em gerar cultura.
A classe abastada também tem uma estrutura secular, quase imutável, a sua capacidade em gerar cultura lhe permite gerar a própria ao seu bel prazer e a sua autonomia só é limitada pela natureza.
Estando no topo da piramide social ela não compete a não ser com os seus iguais para manter o seu espaço e ha um certo "cavalheirismo" entre os componentes dessa classe que exclui a agressão.
Ha, outrossim, um jogo cíclico de trocas parciais de posições apenas para que se perceba a sua existência. Esta classe tem muitos e grandes tentáculos que usa para manter o controle sobre o mundo.
Ja a classe media, essa flutua num limbo intermediário entre as duas classes supracitadas sendo permeada pelos tentáculos de ambas.
A classe pobre, de onde parte da classe media ascendeu, lhe lembra para onde ela pode voltar e a classe rica, de onde parte dela descendeu, lhe aparece como imagem ideal porem não permite a sua ascensão. Ela luta para não descer e é puxada pela necessidade de ascensão da classe pobre e tenta subir mas é impedida pela classe dominante por conta de ser uma ferramenta intermediaria de controle.
A classe media sofre de profunda insegurança ja que não tem uma estrutura concreta. Toda mudança na realidade do país lhe atinge. A dependência da imagem lhe obriga a nadar em círculos dentro de uma tempestade interminável sob pena de afundar.
Na crise é a classe sacrificada em prol da manutenção da classe dominante. É a classe que não dorme, a que antevê a eterna possibilidade do fim. Às cordas do marionete. o tronco que recebe os golpes do machado.
Mas a classe media é, também, o veiculo possível da revolução. Bem preparada pela organização ou pela dor ela pode ser o carro chefe de grandes mudanças que levarão a sua manutenção.
O que caracteriza a classe media, entre outras coisas, é a busca constante e crescente pelo conforto.
Talvez a consciência da possibilidade da extinção do conforto a faça movimentar as massas em direção às mudanças que nos aproximarão da igualdade duradoura.

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