sexta-feira, 27 de março de 2015

Centro

Me sento num banco de praça,
E o mundo gira ao meu redor,
Pressinto que o tempo passa,
E eu, no banco da praça,
Sou um sol,
Sozinho com tudo ao meu redor.
Ao meu redor ha outros sois,
Fingindo a não solidão,
Tão entretidos estão,
Que não me vêem,
Sol invisível ou homem insensível,
Ao calor de outros sois,
E tudo gira no entorno,
Deste sol quase frio, morno,
Sentado num banco da praça,
Vendo o mundo girando à sua volta,
E, notando que a atenção lhe falta,
O tempo, insidioso,  passa.

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