terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Vitima

Ha o homem e o meio.
Ha uma relação de domínio,
Do meio sobre o homem,
Que foge ao homem,
A sua sapiência,
É para o homem demonio,
Causador da indolência,
Da sensual procura,
E dela o homem foge,
E aos Deuses pede clemência,
Temendo a própria loucura. Pobre homem!
Não sabe,
Que é tudo da natureza,
Que tudo é feito pra ele, 
Presente de mãe para filho,
Agrado infindo,
Absoluto,
Raiz de toda beleza,
Que nela não ha pecado,
Pai de toda angústia,
Pelo homem inventado,
Bicho tinhoso, astuto,
Sombra que sempre acompanha,
Sem trégua ou anistia. 
Pura é, do homem, a ilusão
Por ele mesmo criado,
Não há culpa nesse chão,
À eras pelo humano pisado.
Levanta-te fruto da natureza,
Assume de vez teu esteio,
Arranca de ti toda culpa,
Pois tu és vítima do meio.

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