O sol ja não aquece a pele fria,
Nem o olho a sua luz reflete,
Jaz sobre o pó a casca vazia,
Envolta em mortalha, inerte.
Aquilo que é ja foi um dia,
Pai, soldado, irmão e amigo,
Lutou ombro a ombro comigo,
Andou pelos caminhos por onde eu ia.
Jaz agora pranteado,
Pelos poucos bem-querentes,
Pelos poucos é lembrado,
Por andar entre as gentes.
Ficam as lembranças de batalhas,
Muitas delas vencidas,
Poucos erros, poucas falhas,
A vida por outras vidas.
O sol ja não aquece a pele fria,
E agora é dos santos a amizade,
A nos vivos só resta o pranto,
E as dores da saudade,
De quem já riu conosco um dia.
Segue agora pra outras terras,
Deixe aqui as tuas lembranças,
Da obra que agora encerras,
E do reencontro esperanças .
Descanse em paz.
Ao amigo Cláudio.
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Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.