segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Sono

Dores descansem agora,
Retiro-vos o meu peito,
E na solidão do meu leito,
Deixo-vos ir embora.

Para outro mundo eu parto,
Onde tudo é possível,
Escureço o quarto,
Torno em sonho o tangível,
Que era impossível ao tato.

Pesam cansados os olhos,
Abrem-se comportas oníricas,
Onde passagens bucólicas,
Trazem a tona os brilhos,
De mil e uma estrelas,
Na forma constelar de rebanhos.

Deixo-te o dores sozinhas,
Vou procurar de ti descanso,
Descansem também dores minhas,
Procurem também um remanso,
Para que fiquem tão mansas,
Que deixem acordar os amores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.