sábado, 21 de fevereiro de 2015

Esconder-se

Ela está atrás das portas das mansões e dos casebres.
Debaixo das camas king ou das enxergas.
Não distingue ricos e pobres.
Um manto negro de abas longas,
Esperando a fatídica hora.
Mas quem a viu até agora?
Quem a desenhou assim?
Porque o medo por essa doce senhora,
Que nos leva a atravessar o mar dos tempos?
Não será ingratidão quando ela diz "descanse" em paz,
E desejamos, e desejamos, e desejamos sempre mais?
Não será ela doce mãe que prepara o filho para um novo dia?
Ela é criança que brinca de esconder e esconde a gente.
E deixa a impressão de trapaça na brincadeira,
Porque pra ela o tempo é inexistente,
E não percebe que a gente mais tempo queria.
E ri, zombeteira,  da lagrima sem sentido que corre,
Quando um filho seu morre, ou se esconde para reaparecer um dia.
Que besteirada!!!
A morte é a mãe,
Bela.........
Que nos prepara para um novo dia na escola,
Que nos mostra a eterna caminhada,
E nos ensina a cautela,
A ser tomada na via,
Que nos leva de volta a ela.
Que papagaiada dessa gente que chora,
Como se o esconder-se de um ente,
Significasse que ele foi-se embora!
E que a mãe,  minha senhora,
Fosse a fonte de todas as angústias.
Não ha fim nem partida.
A morte por homens desenhada não existe.
A morte é a vida que tirou férias! !!!!!!!

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