segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Insolúvel

Ha dias que os passos me pesam,
Como se precisasse voltar,
Como se tivesse esquecido algo,
Deixado algo para trás,
Um dever não cumprido,
Um que de obrigação,
Algo não resolvido,
Algo a reparar,
Alguem que deixei chorando,
Algo que fiz e não percebi,
Um lapso, um esquecimento,
Uma palavra que não disse,
A impressão de déjà vu,
Um lugar onde não fui,
Algo que eu não vi,
E nunca mais verei,
Saudade do que não sei,
Coisas inacabadas,
Brigas não terminadas,
Talvez alguem esperando meus olhos tristes,
Esperando o adeus que eu não disse,
Amores que não amei,
E nunca amarei,
Como seria se os tivesse amado?
Ah essa interrogação,
Que me persegue vida a fora!
E se o que sou não tivesse sido?
O que seria de mim então?
E se o que fiz não fosse feito?
Oque teria acontecido?
Que pena não ter percebido!
Ha dias que essa saudade,
Acorda e se move em meu peito,
Doce melancolia,
Inoportuna nostalgia,
Que me faz errar,
Pelo tempo a esmo,
Saudade do que não fui,
Saudade do que não fiz,
Saudade de mim mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.