terça-feira, 1 de setembro de 2015

Transgressão e redenção - I

Ou...as delícias do crime!

A cultura ou o trabalho,  como queiram,  tem como objetivo afastar o homem do seu estado natural e das dores e desconfortos provenientes deste estado.
O homem paga um preço altíssimo por isso.  Acho eu, pagará com a felicidade ou com a existência.
A característica mais marcante no processo cultural de separação do homem das suas origens é a lei baseada na moral e nas tradições.
Moral são conceitos que viraram verdades e convenções com o intuito de frear os instintos e paixões, ou melhor, domar, doutrinar.  Os dez mandamentos bíblicos são um excelente exemplo.
São leis que instruem o homem a controlar o seu ímpeto e a aceitar o jugo.
Não me levem a mau os que seguem essas leis o outras quaisquer provenientes de outras crenças.  Respeito todo tipo de fé e não as discuto ou critico. O comentários é absolutamente filosófico e enseja exemplificar o conceito de "moral".
Voltando a baila, a lei do homem ou a lei artificial criada por ele se baseia na moral nascida da tradição.  É uma lei conveniente que nasce da necessidade de privilégios daqueles que dominam. Uma lei que soa em frequências diferentes nas várias camadas sociais.
Toda essa parafernalia normativa tem efeito repressor sobre o verdadeiro eu, aquele que vivia nas savanas.
É inegável que a sociedade humana só atingiu o seu estado atual em função das suas tradições e consequentes morais e leis porém,  é óbvio que as "saudades" que o homem moderno sente do seu passado animal gera anomalias sociais e individuais.
O homem odeia a lei. Execra suas tradições, já que as destrói.
Amaldiçoa a moral já que criou um enorme aparato para transgredi-la.
Todo homem deseja, ao menos uma vez na vida, matar alguém...e não pode.
Todos, um dia, desejarão algo que não lhes pertençam...mas não deveriam.
Todos desejam a liberdade absoluta...mas é feio ou...leva ao inferno.
Mas todo homem sofre de si mesmo .

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