terça-feira, 1 de setembro de 2015

Sexo e transgressão

...ou..."O banheiro como um santuário".

Seria ridículo falar em transgressão e seus efeitos e não falar numa das coisas que mais aproximam o homem das suas origens; o sexo.
O ato sexual, se falarmos de todo o jogo de sedução até o orgasmo, é um "crescendum" energético que leva o homem do centro da metrópole e de dentro de um refinado terno até a savana totalmente nu num lapso de tempo.
Nada inspira mais a transgressão, ao burlar a moral,  do que o sexo.  Vejam vocês, a grande indústria voltada às relações sexuais!  Tudo porque, durante os jogos amorosos exercitamos nossos instintos reprodutivos segundo os ditames da natureza e nada da mais prazer do que fazer o que a natureza manda.
Durante esses jogos eróticos vencemos a morte porque criamos a possibilidade de continuarmos vivos nas nossas proles.
Durante o orgasmo exercemos a nossa humanidade primordial ou, a nossa animalidade humana.
Não é a toa que inventaram a licantropia, a crença de que o homem tem em si um animal irracional e natural e que, em condições propícias, liberta esse animal.
É comum a referência a dotes animalescos quando se fala em sexo, o que denota uma "vontade de retorno".
O sexo nos liberta, mesmo que por um momento, e nos aproxima do homem natural e a cultura com a sua moral, muitas vezes, castradora nos oprime e nos bloqueia gerando a doença.
Na ânsia por transgredir e por uma pausa na sua sofrida existência moralizada o homem "particionou" a sua própria sexualidade em "sexualismos" (homo, hetero, etc) que dão vazão ao preconceitos e a loucura.
As parafilias são outro sintoma da ânsia do homem por poder exercer-se.
Desejando o retorno a casa materna o homem cria caminhos tortos.
Uivemos.

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