domingo, 6 de setembro de 2015

Da imprevisibilidade de tudo

O universo (espaço e tempo) e às forças que o geram e mantém (a natureza) são absolutamente e infinitamente maiores do que o homem.
Sendo o homem criatura da natureza e, como qualquer criatura dentro deste universo, limitado, é impossível para ele a certeza posto que, a sua capacidade de conhecer e saber nunca abraçará o todo.
Esta incapacidade em saber e o seu sentido de infinitude gera, no homem, a esperança, a mãe da ansiedade.
O homem vive a correr atrás das certezas e, em função disso, vive de previsões e das expectativas delas provenientes.
A imprevisibilidade de tudo leva o homem a esperar e a tentar diminuir o tempo de espera procurando. 
A procura é o que alivia a ansiedade ou o que lhe diverte.  A procura é o entretenimento do homem durante a sua curta viagem pela vida.
Durante a sua vida o homem procura o descanso, ou seja, procura o fim de sua ansiedade.  Para isso busca o entendimento das coisas ou se afasta do mesmo criando para si um mundo artificial e conveniente. A doença social é o conflito entre esses dois mundos.
Talvez, um dia, o homem perceba a impossibilidade da certeza e aceite o seu estado limitado.  Talvez o homem se reconcilie com o universo e admita a sua absoluta dependência dele.

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