quarta-feira, 13 de maio de 2015

Preciso criar alguns deuses,
Que me tragam a clara crença,
Inocente fé de homem puro.
Preciso do tecido escuro,
E da invisível presença,
E de profundas frases.
Preciso de novos mitos,
Uma nova Ilíada ou odisséia,
Vozes de poetas antigos,
Poetas fantasmas de palavras vivas.
Já não me basta o utópico paraiso,
Nem a densa panacéia,
Doses de ilusão homeopática.
Eu preciso da fogueira a brasar,
Aos olhos da lua,
E na terra nua deitar,
O meu térreo espírito.
Preciso tocar tambores,
Amar térreos amores,
Permitir ao semem jorrar,
Em míticos vasos que trarão novas flores,
Novos frutos de homens,
Filhos meus que enfeitarão,
O trono de Zeus.

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