quinta-feira, 7 de maio de 2015

Andarilhos

A solidão é substância,
Instância de dor e paz,
O solitário em si se compraz,
Se não se entrega à ânsia,
De ter pra si companhia,
Que lhe outorgue um dia,
Responsabilidade pelo cuidado.
Vive então descansado,
Das dores da relação,
Tendo-lhe dado a solidão,
Tão profunda alegria.
Tem ele a sorte, então,
De cuidar de si mesmo,
Cria pra si o seu norte,
Não teme, portanto, o abismo.
O solitário se exerce,
Faz de si exercício,
De si se torna o princípio,
Da liberdade que merece.

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