sábado, 30 de maio de 2015

Nero

Até que ponto podem os sentidos?
Quantos estímulos eles carregam?
Quanto do mundo eles suportam?
Até que ponto são excitados?

O que, em mim, é sensação?
De onde vem tudo isso?
Até que ponto sou omisso,
Ao não ouvir meu coração?

Como experimentar todo sentimento,
Se me fogem da memória,
Protelando a
minha história,
Esvaziando o momento?

Só eu louco experimentaria,
Tudo aquilo que sinto,
Tendo o senso extinto.

Seria eu nervo exposto,
Tudo eu sentiria,
Teria o banquete posto,
E Roma, nua, queimaria.

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