domingo, 19 de abril de 2015

Primórdio

Como seria o homem puro,
Livre da nefasta influência,
Sem o pensamento obscuro,
Longe dos ardis da ciência?

Como seria sem a palavra,
Os limites da linguagem,
Numa situação que o livra,
Da limitada abordagem?

Como seria o homem,
Capaz de interpretar os sentimentos,
Que furiosos o consomem,
Sem descansar por momento?

E como seria o homem,
Livre para o livre pensar,
Sem os grilhões da cultura,
Passivel do possível amar?

Verei com os meus velhos olhos,
Tão grandioso advento,
De um redentor ser vivente,
Capaz de traduzir o sentimento?

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