quarta-feira, 1 de junho de 2016

Cobiço-te

Angústia de amor infinito,
Te amo por tua beleza
E dedico-te minhas tempestades hormonais,
E toda insônia desejável
Em prol de aproveitar-te.

E em torno de ti gravito.
Admiro-te toda riqueza
Formas, curvas e linhas
Imutáveis, atemporais.
Do próximo ao inatingível,
Desejo de possuir-te.

Amo o solo que tocas
E a saliva doce da sua boca.
Amo-te desvairado,
Como se fosses unica.
Enciumo-me dos teus olhos
Que vêem tudo, além de mim.
E desejo ser o centro do teu centro.

Não quero perder-te de vista e de posse.
E tudo do teu mundo quero perto.
E nem por um momento
Sequer que fosse,
Estarei, eu, por outro objeto, desperto.

Amo-te?
Meu Deus, não!
Te invejo.

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