sábado, 4 de junho de 2016

Aokigahara


Estou indo para a floresta de Aokigahara,
Fria, aos pés do vulcão,
Com os pés descalços
Calçados com culpas.

Onde esculpirei em suas pedras frias
Uma apologia ao fracasso,
Coberta por verdes musgos.

Vou morar nas cavernas de Aokigahara,
Eterno inquilino das montanhescas entranhas.

E me vestirei do gelo de Aokigahara,
Ultima veste de alguém sem corpo.

Andarei pelas trilhas escuras de Aokigahara,
Falando aos atormentados espíritos
Das causas não físicas das tormentas.

Serei lembrado pelos feitos em Aokigahara
E lentamente serei esquecido,
Como me esqueci ainda em vida.

Aokigahara é a morada daqueles que viveram sem
Nunca terem nascido.
É onde ha sentido
Para vidas sem sentido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.