sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A arquitetura da realidade

Como já disse outras vezes, creio que cada um constroi as suas realidades e a estrutura destas realidades são formadas pelos conhecimentos e o homem vivência tais realidades de acordo com a forma como interpreta e aplica seus conhecimentos adquiridos ou intuídos (inferidos).
O homem sofre, desta forma, as inquietações geradas pelos conflitos que ha, invariavelmente, entre as realidades criadas por ele, as realidades dos outros e a realidade do universo que o cerca.
De todas as realidades as únicas passíveis de mudanças pelo indivíduo são aquelas criadas por ele mesmo e, já que as realidades criadas por ele são baseadas nos seus conhecimentos, somente adquirindo conhecimentos e os interpretando e aplicando de forma a se harmonizar com o outro e com o universo  é que o indivíduo poderá ter vislumbres da tão desejada paz.
O problema é, como podemos saber o quanto estamos em harmonia com o todo?
Qual o grau de distorção da nossa visão de mundo?
Teremos a capacidade de percebermos quem somos, quem e o que é o todo?
Podemos mensurar o quanto somos influenciados pelo todo e o quanto o influenciamos?
Os conflitos gerados pelo choque entre visão de mundo do indivíduo, visão de mundo do outro e a realidade altamente mutável do universo são terrivelmente dolorosos e não raramente levam a distúrbios psicológicos e comportamentais tornando o indivíduo um "corpo estranho" à sociedade.
Chamo de sociedade aquele grupo de pessoas que se ligam pelo senso comum.
Ora, poderíamos aventar a possibilidade de criarmos uma forma de medirmos o espectro formado pela visão de mundo de um indivíduo com vistas a aproxima-lo da realidade ou seja,  de forma a aproxima-lo de um estado de harmonia com o todo e de aproxima-lo de um estado de relativa paz já que a paz nasce da segurança gerada pela participação de um grupo.
Já a princípio esbarramos na questão da referência primordial pois para criarmos uma forma de medida precisamos de algo que nos embase, precisamos de um padrão.
Então, como seria um padrão de realidade universal que, aliada as realidades do outro nos serviria como padrão?
Quais os atributos destas realidades deveríamos ajuntar?
Imaginando que conseguíssemos criar este padrão criariamos uma escala que iria do absolutamente inserido na realidade até o absolutamente fora dela e, a partir doa dados coletados via comparação poderíamos definir quais conhecimentos e comportamentos levar até o indivíduo de forma a traze-lo para um estado harmonioso com o todo.
Divaguemos.

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