Sou alma antiga
De princípio,
Não fim.
Sopro que o universo
Abriga.
E, em meus caminhares
Vivi e morri,
Por mãos de
Inumeráveis algozes.
Obtive, usei e devolvi
Incontáveis vestimentas.
Impunhei sem número
De punhais.
O chão de mil terras
Fendi.
Tudo sempre foi
Transitório
Como o trânsito
Entre vidas.
Glória do inglório.
E o sentido de tudo
É tão longe!
Como longe é,
A fé
Do herege.
Mas desde que,
Da chama divina
Me fiz,
E desde quando
Os Deuses teceram
A minha sina,
Eu amo amores
Que nunca devolvi.
E os escondi,
Onde, de demônios,
Jamais se ouvirão
Invocações,
é clamores.
E, dentro de um vaso dourado,
Dentro do meu coração,
E lacrado,
Entre tantos e tantos
outros amores....
Está o meu por ti...para
Os confins dos séculos
E séculos,
Amém.
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Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.