Fique atenta para quando o amor chegar.
Ele é discreto.
E raro.
Quase um não afeto.
Vista-se de forma simples
Para quando o amor chegar.
Mesmo na pluralidade ele é único.
De tão sutil e discreto
Parece pudico.
Afaste-se das luzes para esperar o amor.
Ele é íntimo.
Prefere companhia pouca.
Sussurros e voz rouca.
Na sua infinitude, parece ínfimo.
Diminua-se diante do amor.
Ele é diminutivo,
Como um pai diminui os termos
A um filho.
Imóvel mantém-se ativo.
Não feche os olhos quando o amor chegar.
Nem os leve para outro horizonte.
Pois em nenhum horizonte haverá,
A vida da qual o amor é fonte.
Infantilize-se quando o amor chegar.
Seja criança.
E deixe acordar a esperança
Que aviva aquele que se deixa amar.
Não perca a hora quando o amor chegar.
Jamais o deixe ir.
De-lhe a mais absoluta atenção.
E a mais doce distração,
Para que ele deseje ficar,
E não queira jamais partir.
E, se for pelo seu bem,
E apenas por desejo teu,
Fique atenta para quando o amor chegar.
Todo amor do mundo mas,
Não qualquer um.
Apenas um...
O meu.
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Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.