quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Ilegível.

Irmãos eu vos exorto,
Não leiam,
Aquilo que por mim é escrito!
Não cumpram o doloroso rito,
De tentar entender o que é torto.
Afastem das geladas letras,
Os olhos ainda inocentes,
Por mais que sejam prementes,
O desejo de olha-las.
Não se deixem levar pelo canto,
Da endiabrada sereia,
Que com encanto semeia,
O que o demonio faz santo.
Aquilo que eu penso corrompe,
Quem avesso é ao movimento,
Aquele que teme o tormento,
Da tempestade. que irrompe.
Mas para aqueles que leram,
Para o lamento não ha cura,
Pois é plantada a semente,
Da insidiosa loucura,
Que o impelirà para frente,
Na interminável procura,
Pelo que muitos sofreram.
Que aquele que ama a inércia,
Esconda os olhos destas letras,
Não ouse, não te intrometas,
Ouve a sabia advertência,
Fica quieto,  não se mova,
Saia ja do meu caminho,
Tranca-te na tua alcova
Eu sou aquele que traz a espada,
Que pensa e fala,
Sozinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.