segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Introspecto

Todos dormem e eu flutuo.
Sou imerso em silêncio.
A própria ausência do som.
A própria ausência.

Tudo está escuro.
Apenas a luz que insisto em ser brilha,
E me incomoda.
Desejo a ausência de mim.

Tudo é silêncio,
Menos os meus ruídos internos,
De máquina gasta.
Tudo é muito.

Sou pouco e poucos são meus desejos.
Pra que tanta fartura? !
Porque a mesa posta,
Se a concha das minhas mãos me bastam?
Quero pouco.

Tudo é silêncio e escuro.
Mas tudo é prenúncio de incomodo.
Até a brisa me assusta.
Quisera ser um grão de areia.

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