Todos dormem e eu flutuo.
Sou imerso em silêncio.
A própria ausência do som.
A própria ausência.
Tudo está escuro.
Apenas a luz que insisto em ser brilha,
E me incomoda.
Desejo a ausência de mim.
Tudo é silêncio,
Menos os meus ruídos internos,
De máquina gasta.
Tudo é muito.
Sou pouco e poucos são meus desejos.
Pra que tanta fartura? !
Porque a mesa posta,
Se a concha das minhas mãos me bastam?
Quero pouco.
Tudo é silêncio e escuro.
Mas tudo é prenúncio de incomodo.
Até a brisa me assusta.
Quisera ser um grão de areia.
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Ola. Obrigado por ler e comentar. A arte é a expressão das angustias humanas e este blog é um espaço de reflexões e, com a sua participação caro leitor (a), um espaço para o debate filosófico existencialista. Peço a você que comente criticamente, expresse a sua opinião, recomende o blog e, para pareceres de foro intimo ou pessoal utilize o meu email. Um grande e poético abraço.