sábado, 1 de dezembro de 2018

OVNI

01/12/2018  06:46 PM

Vive-se a olhar para o céu
Em busca de novidades
Porque os sentidos terrenos
São fugidios, voláteis.

Espera-se sempre algo
Há sempre algo por vir
Há o porvir, esse inconveniente
Visitante que nunca vem.

Há sempre uma espectativa
A zunir entre um pensamento
E uma divagação
Espera-se faltar o chão.

Vive-se a esperar e é
Mais prazeroso esperar o pior.
O pior satisfaz a vaidade.
Que graça tem o melhor?

Hoje um dos meus pássaros
Fugiu do meu coração.
Deixou a gaiola mas
Deixou a gaiola com às portas
Abertas!

Meu doce e esperto passarinho.

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