quarta-feira, 20 de abril de 2016

Finados

A vida se vai
Deixando diante de si
Um rastro.
Que eu sigo
Diante de mim
Nostálgico.
A falta que sinto
Daquilo que nunca vi.
O sol envelhece a pele
E a doura
Como se, ao dar ouro
À pele, pagasse pelo
Pecado da inveja.
Amores se vão.
Morrem e deixam
Fantasmas em forma
De saudades.
Todo carinho que não
Dei me pesa como
Correntes nos meus
Tornozelos.
Onde está tudo o que amei
Mas nunca deixei de amar?
Meu coração é repleto de
Espinhos cravados.
Cada um, um amor que ficou pelo caminho
Mas cuja sombra ainda
Me entristece.
Todo amor, ao morrer, erra
Como um espírito de remorso
E saudade.
Todo amor me assombra.
Nenhum tem fim.

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